Brinquedos: saiba como usar no desenvolvimento cognitivo e motor das crianças

desenvolvimento cognitivo infantil
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Qual atividade extracurricular é a cara do seu filho?

Quando um adulto pergunta a uma criança o que ela quer ganhar de presente de Natal ou aniversário, a maioria já tem a resposta na ponta da língua: brinquedos, claro! Mas e se você pudesse usar esse fascínio dos pequenos com o lúdico para ajudá-los em seu desenvolvimento cognitivo infantil? Afinal de contas, qual é o papel desempenhado pelos brinquedos na lapidação das habilidades?

É isso que vamos debater neste post. Portanto, traga uma xícara de chá ou café para a frente do computador, coloque uma música instrumental relaxante em volume baixo e vamos lá!

Aqui, você vai aprender sobre desenvolvimento cognitivo, além de descobrir como usar os brinquedos no aprendizado infantil e transformar a hora da brincadeira em um momento de descobertas e crescimento. Tudo certo? Continue a leitura!

Afinal, o que é o desenvolvimento cognitivo?

Quando falamos em desenvolvimento cognitivo, estamos nos referindo ao aperfeiçoamento de uma gama de habilidades e competências mentais. Essas capacidades são inatas a nós, seres humanos, mas precisam ser refinadas e lapidadas a partir de seu estado bruto.

Esse processo de desenvolvimento se dá por meio da aprendizagem, na qual nos engajamos todos os dias de nossa vida, ainda que de forma inconsciente. O desenvolvimento infantil é a fase inicial desse processo de lapidação e uma das mais importantes, pois sedimenta as bases de nossa personalidade e a capacidade de adaptação.

Quando uma criança brinca, não está somente se divertindo, mas, sim, aperfeiçoando uma série de habilidades, como raciocínio lógico, atenção, memorização, linguagem, coordenação motora, abstração, adaptabilidade social e resolução de problemas. Como você já deve saber, todos esses aspectos serão necessários durante a vida adulta.

Por que essa evolução é tão acelerada na infância?

Na infância, uma quantidade maior de sinapses é feita em nosso cérebro a partir dos estímulos sensoriais que recebemos. Mas o que são “sinapses” e o que elas têm a ver com o desenvolvimento cognitivo?

Bem, sinapses são as conexões que favorecem a comunicação entre os neurônios. Quanto mais sinapses, maior a capacidade cognitiva. Para a criança, qualquer estímulo sensorial — toque, fala, audição, paladar, visão etc. — leva à comunicação entre os neurônios, facilitando o aprendizado.

A infância é, portanto, o terreno mais fértil para as descobertas e para a aprendizagem. Para um bebê recém-nascido, por exemplo, carinho, colo e até a própria voz dos pais são estímulos suficientes para que as sinapses disparem e o mundo comece a ser compreendido, tornando-se cada vez mais familiar. Agora, vamos ver como esse processo ocorre em estágios!

Quais são as fases do desenvolvimento cognitivo infantil?

Jean Piaget foi um psicólogo francês que se preocupou em identificar as fases do desenvolvimento infantil. Para ele, as crianças passam por estágios sucessivos e, em cada um deles, determinadas habilidades são desenvolvidas. Os estágios são:

  • inteligência sensório-motora: de 0 a 2 anos;
  • pré-operatória: de 2 a 7 anos;
  • operatório concreto: de 7 a 12 anos;
  • operatório formal: a partir dos 12 anos.

Cada estágio estaria relacionado a certas necessidades e potencialidades, e, portanto, demandaria estímulos específicos. É importante notar que, para Piaget, era preciso que um aspecto cognitivo estivesse completamente desenvolvido para que a criança passasse à próxima fase. Sua teoria, portanto, pressupõe uma espécie de escalada evolutiva fixa e irreversível.

Hoje, contudo, sua visão da infância é questionada por novas abordagens. Algumas teorias contemporâneas defendem que o cérebro humano é mais plástico do que se pensava na época de Piaget e que o desenvolvimento não ocorre de forma linear — se a função A não for desenvolvida, a função B também não o será —, mas que os processos cerebrais são adaptáveis e acontecem de forma mais orgânica.

Isso nos leva a entender que a criança necessita de todo tipo de estímulos para se desenvolver e posicionar-se no mundo. A natureza e a complexidade desses estímulos, contudo, mudarão à medida que ela for amadurecendo.

Qual é a importância dos brinquedos no desenvolvimento cognitivo?

Embora para os adultos a maioria dos brinquedos acabe sendo um jeito de manter a criança entretida enquanto eles resolvem “questões de gente grande”, a verdade é que eles vão bem além disso. Podemos compreender o papel desempenhado pelos recursos lúdicos no desenvolvimento cognitivo dos pequenos a partir da conclusão do item anterior.

Os brinquedos, em sua maior parte, providenciam os estímulos sensoriais dos quais a criança precisa para formar mais sinapses e aprender. Eles são, para seu filho, instrumentos de aprendizagem, tanto quanto um livro para um adulto.

À medida que a criança cresce, os brinquedos oferecem oportunidades de aprendizado adequadas ao seu nível de compreensão. Por meio do tato, da capacidade analítica, auditiva e visual, seu filho se desenvolverá enquanto brinca, lapidando funções cerebrais que mais tarde utilizará para interagir com outros seres humanos, tomar decisões e resolver os entraves do dia a dia.

Qual é o efeito dos brinquedos nos diversos aspectos cognitivos?

Confira, a seguir, o efeito dos brinquedos nos vários aspectos cognitivos!

Desenvolvimento motor

Até os gestos aparentemente mais simples — como levar um brinquedo à boca ou esticar os braços para tentar alcançar um móbile — são etapas importantes na aquisição de habilidades motoras pela criança. Assim, qualquer brinquedo que ajude a estimular tais movimentos contribui para a lapidação da habilidade motora.

O desenvolvimento motor passa pela percepção de tempo, de espaço e também do próprio corpo. Atividades, como correr, pular corda, jogar bola (mesmo só engatinhando atrás dela), carregar e equilibrar objetos são ótimos estimulantes nesse sentido.

Relação de causa e efeito

Uma etapa essencial do desenvolvimento cognitivo de meninos e meninas é o entendimento da relação de causa e efeito. Para isso, contar com brinquedos que reagem a determinados movimentos — como chocalhos que fazem barulho quando agitados, bolas, blocos e carrinhos que podem ser empurrados, encaixados e empilhados, por exemplo — é de grande ajuda.

Dessa forma, a criança pode repetir a brincadeira e observar as consequências de bater sobre a torre de blocos, empurrar um carrinho com mais ou menos força etc., aprendendo intuitivamente sobre o funcionamento dos corpos e objetos.

Habilidades sociais

Outro benefício que os brinquedos podem trazer para o amadurecimento dos pequeninos é o de aprender a lidar com outras crianças. Mostrar o brinquedo preferido a um amigo, conhecer o favorito do outro ou jogar um jogo juntos são convites à socialização e excelentes oportunidades para aprender a compartilhar e confiar no outro.

Nessa hora, vale lembrar que mesmo as situações de conflito podem representar um aprendizado importante. Aliás, talvez sejam elas as que mais tenham algo a ensinar aos pequenos: desapegar-se de um brinquedo que quebrou, cuidar do brinquedo do outro como se fosse seu e pedir desculpas ao machucar o amigo ou estragar seu brinquedo são lições essenciais.

Lembre-se: tudo aqui é uma ponte para a descoberta de algo novo, como um sentimento, uma regra de convivência ou uma atitude. Em geral, erros não devem ser repreendidos, mas utilizados como trampolins para a aprendizagem.

Aquisição da linguagem

Seja usando brinquedos sonoros, conversando sobre a brincadeira ou adquirindo vocabulário com jogos mais complexos, para crianças maiores, os brinquedos também são um excelente estímulo à aquisição e ao desenvolvimento da linguagem.

Especialmente quando há histórias envolvidas — na leitura, brincando de “casinha” ou, até mesmo, assistindo a um filme infantil —, a criança é incentivada a descobrir novas formas de articular as palavras e construir significados.

Os filhos tendem a se espelhar nos pais e a imitar suas ações, portanto, seja o exemplo de como a leitura pode ser prazerosa e educativa. Leia para ele em voz alta, mostre as ilustrações dos livros infantis e incentive o exercício da imaginação, fazendo perguntas ou pedindo que termine a história.

Como escolher o brinquedo ideal para cada fase?

Já vimos, de maneira geral, qual é o papel dos brinquedos no crescimento e no amadurecimento de uma criança, certo? No entanto, é preciso ter em mente que essa função vai mudar ao longo do tempo.

Aqui, vale destacar o posicionamento de uma das maiores autoridades quando o assunto é o aprendizado infantil: Maria Montessori. Para a médica e educadora contemporânea de Piaget, brinquedos não podem brincar sozinhos, eles precisam demandar da criança alguma forma de interação para funcionarem. Caso contrário, seu objetivo será completo.

Para Montessori, o sentido do tato funciona como uma porta direta para o cérebro, facilitando a aprendizagem. Portanto, é melhor valorizar brinquedos que demandem o contato das mãos e que engajem seu filho na construção de algo novo, como pecinhas de montar.

A esses instrumentos, Montessori chamava de “recursos multissensoriais”, ou seja, recursos que estimulam múltiplos sentidos. Vamos ver agora que tipos de brinquedos e brincadeiras são mais indicados para estimular a inteligência do seu filho em cada idade. Continue acompanhando!

Recém-nascidos

Nos primeiros meses de vida do bebê, o ideal é oferecer brinquedos que o ajudem a adquirir as habilidades motoras mais básicas. Para isso, móbiles de todo tipo, mordedores e bonecos macios são perfeitos.

Tudo o que puder ser agarrado, apertado e levado à boca poderá ajudar o pequeno a se desenvolver. Isso porque, pouco a pouco, ele perceberá diferentes cores, pesos, sabores e texturas, desenvolvendo a resposta mais adequada a cada uma dessas variações. Mais tarde, ele passará a nomeá-las.

Até dois anos de idade

Essa é a idade certa para começar a entender as relações de causa e efeito. Por isso, brinquedos de encaixar, com portas e compartimentos que abrem e fecham, ou botões de apertar, são excelentes.

Além deles, tapetes para brincar no chão, andadores, carrinhos de empurrar e outros que incentivem o pequeno a se mexer, a sentar-se e a dar os primeiros passos são boas opções também.

Entre dois e cinco anos

Depois de dominar a coordenação motora grossa, chegou a hora de refinar essa habilidade. Brinquedos menores (mas sem peças que possam ser engolidas, certo?), lápis de cor, massinha, pincéis e outros com os quais a criança precisa usar os dedos — e exercer a criatividade — são ideais.

Aqui, já é possível introduzir os primeiros jogos mais complexos e com regras: jogo da memória, quebra-cabeças com peças grandes e dominó, por exemplo, contribuem para o desenvolvimento cognitivo e motor.

A partir dos seis anos

O início da alfabetização e o maior domínio das habilidades motoras e cognitivas amplia bastante o leque de brincadeiras que a criança pode participar.

Nessa fase, os brinquedos devem estimular a prática de atividades físicas (como bicicleta, patins, bolas, jogo de boliche etc.), a socialização (jogos de times ou brinquedos populares na escola, por exemplo) e a criatividade (kits de desenho, fantasias e livros infantis). Quebra-cabeças mais complicados, jogos de tabuleiro e até mesmo videogames também são bem-vindos!

No entanto, saiba observar que tipo de postura os brinquedos estimulam em seu filho. Se a maioria de seus brinquedos o encoraja a adotar uma postura passiva (como assistir televisão, por exemplo), converse com ele sobre isso e incentive-o a buscar fontes de diversão mais ativas.

Como usar a tecnologia na educação?

Tablets, smartphones e notebooks já são parte do nosso cotidiano e, confesse, na hora que você precisa fazer compras no supermercado ou tem que levar alguma coisa do trabalho para casa, esses aparelhinhos são a sua salvação para ganhar um tempinho de sossego. Mas essa cumplicidade tecnológica não precisa ser tão rasa.

Existem vários aplicativos pedagógicos que podem dar um upgrade no aprendizado dos pequenos. Veja alguns exemplos a seguir!

Pequeno Pintor

Desenvolvido com supervisão fonoaudiológica, o objetivo desse app é ajudar a desenvolver a compreensão auditiva em conjunto com a criatividade e a coordenação motora. Tudo de uma forma bastante lúdica.

São duas as maneiras de jogar — a livre, na qual a criança pode colorir o desenho como achar melhor, e a orientada, em que um personagem diz uma cor e a parte que deve ser pintada. Indicado para pequenos a partir de 2 anos, o aplicativo é pago e está disponível na Apple Store.

Match it up

A ideia do Match it up, desenvolvido pela MyFirstApp.com, é trabalhar associações. Em cada tabuleiro é apresentada uma imagem central e sete outras ao seu redor, sendo uma correspondente a que está no meio. O objetivo é que a criança arraste para o centro o objeto semelhante.

São três níveis diferentes para crianças a partir de 18 meses. O primeiro com objetos idênticos, o segundo visualmente relacionados e o terceiro apresenta figuras que podem ser associadas. O aplicativo é gratuito, mas alguns tabuleiros são pagos. Disponível na Apple Store.

Médico infantil: dentista

É uma corrida de obstáculos levar o pequeno para escovar os dentes? E se ele conhecesse um consultório odontológico no qual ele é o dentista e precisa atender um hipopótamo, um jacaré, um leão e uma macaca?

Esse app apresenta de forma bastante lúdica a necessidade de manter a higiene bucal e as consequências da falta de cuidado com os dentes. Além disso, ainda estimula a atenção e a coordenação motora nas crianças a partir dos 3 anos.

Disponível no Google Play — a versão gratuita contém anúncios. Por isso, é bom estar por perto para evitar que seu filho instale apps sem querer.

PlayKids

O mais interessante nesse aplicativo é que ele reúne em um único lugar uma série de atividades, brincadeiras e vídeos voltados para o desenvolvimento dos pequenos. São diferentes jogos que buscam estimular capacidades distintas, tais como concentração, coordenação motora fina, percepção espacial, habilidades artísticas, ciências etc.

A parte de vídeos reúne desenhos conhecidos entre os pequenos e outras produções educativas que apresentam experiências científicas, ensinam conceitos básicos e estimulam a criatividade. Outra parte é dedicada a atividades em família com coreografias divertidas.

O app pode ser personalizado de acordo com a idade da criança e está disponível no Google Play e na Apple Store. A versão gratuita disponibiliza alguns jogos e vídeos. Já a assinatura oferece o pacote completo e conta também com relatórios periódicos de desenvolvimento que são enviados para os pais.

Como preparar os pequenos para o mundo hi-tech?

Sabemos que o uso excessivo e sem supervisão da tecnologia pode trazer prejuízos, mas não há como evitar essa realidade que será ainda mais presente no cotidiano do seu filho. É importante saber lidar com tablets, smartphones e notebooks de maneira positiva. Jogos de videogame, por exemplo, podem estimular a concentração, a memória e o raciocínio lógico.

Nesse processo, o mais importante é saber escolher as experiências tecnológicas e compartilhá-las em família para observar os limites saudáveis desse estímulo. Essa pode ser uma forma de criar um momento de diálogo e interação com seu filho, estabelecendo uma relação de confiança.

Como educar seu filho brincando?

Agora que você já sabe o que é desenvolvimento cognitivo infantil e quais são os recursos mais adequados a cada fase, não deixe de separar um tempo da sua rotina para brincar com seu filho! Afinal, fortalecer os seus laços com o pequeno também é parte essencial do seu crescimento.

Quando os pais demonstram interesse em brincar com suas crianças, criam um momento de aproximação, diálogo e até troca de conhecimentos. Especialmente quando eles já estão na escola e gostam de falar sobre as atividades diárias.

Jogando jogos de tabuleiro em família, assistindo a um filme ou desenho animado juntos, lendo histórias em voz alta ou mesmo nas brincadeiras clássicas em casa, siga estas dicas para tirar o máximo de proveito das atividades:

  • combine um horário para começar e acabar a brincadeira, de modo a não atrapalhar a rotina dos pais e nem da criança;
  • tenha regras específicas para esse momento, como respeitar o outro, guardar os brinquedos no final, não gritar etc.;
  • aproveite para ensinar o pequeno a trabalhar em equipe, lidar com as derrotas, com a competitividade e não trapacear.

Desse jeito, a brincadeira se tornará uma ferramenta de aprendizagem, além de um ótimo motivo para se divertir e passar bons momentos com os amigos e os pais.

Quais cuidados ter ao comprar um brinquedo?

Ao comprar um brinquedo para seu filho, é preciso ter atenção e certos cuidados. Quando eles são inapropriados ou inadequados podem trazer grandes riscos à saúde do pequeno. Pensando nisso, trouxemos algumas recomendações para você seguir na hora da compra! Confira!

Analise a faixa etária

Considerando que as crianças passam por fases distintas de desenvolvimento, é imprescindível que você esteja bem atento à faixa etária recomendada no brinquedo que você está comprando.

É preciso ter em mente que alguns objetos são inadequados para determinadas idades das crianças, podendo colocar sua integridade física em risco. Brinquedos que têm pontas afiadas são um bom exemplo. Além do mais, ao comprar um brinquedo inadequado para a idade do seu filho, você corre o risco de não agradá-lo no momento da brincadeira.

Por essa razão, é importante escolher o brinquedo considerando a idade do filho, justamente devido às diferentes fases das crianças. Veja algumas dicas:

  • até 2 anos de idade: prefira livros e blocos de encaixar para despertar a curiosidade;
  • entre 2 e 3 anos de idade: escolha brinquedos musicais e quebra-cabeças simples que ajudam na percepção tátil e visual;
  • entre 3 e 5 anos de idade: o ideal é priorizar os jogos simples que demandam atenção com os números e as letras;
  • dos 5 aos 7 anos de idade: você já pode incluir quebra-cabeças um pouco mais complexos, jogos de memória e os educativos, por exemplo.

Tenha atenção quanto à fiscalização

Ao comprar um brinquedo, a regra número um para proporcionar segurança para o filho é o Selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Todos os brinquedos que são comercializados aqui no país, nacionais ou importados, precisam ter o Selo, afinal, ele é a principal garantia de que o produto é realmente legal e que está de acordo com os requisitos técnicos determinados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A certificação de brinquedos é obrigatória aqui no país desde 1992. Tal obrigatoriedade tem o objetivo de proporcionar a confiança de um objeto seguro. Lembrando que um brinquedo que não obedece a todas as normas que estabelecem requisitos de segurança pode ter componentes ou tintas tóxicas que contaminem o organismo do pequeno. É importante que o Selo esteja bem visível no objeto.

Analise o material do brinquedo

Alguns aspectos são bem fáceis de serem identificados e acabam evitando que você compre um produto que possa trazer problemas para seus filhos. Não é interessante, por exemplo, escolher objetos que fazem muito barulho, pois podem prejudicar a audição das crianças. Também não é indicado comprar brinquedos com formato ou cheiro que lembram alimentos, porque as crianças podem confundi-los com comida e engoli-los.

O ideal é sempre analisar com atenção as condições dos brinquedos e observar bem as peças do material. Verifique se há partes pequenas, soltas, que podem ser facilmente engolidas, além de falhas no acabamento e cantos pontiagudos. Por razões bem claras, caso seu filho tenha menos de 3 anos de idade, jamais opte pelos brinquedos que são divididos em peças ou partes pequenas.

Procure as instruções de uso

É necessário que o manual do uso do brinquedo seja bem objetivo, claro e com ilustrações. Lembrando que os importados precisam trazer as mesmas informações e elas devem ser traduzidas para o português. Na embalagem, é fundamental que estejam as instruções de como se deve manusear o produto, incluindo avisos sobre possíveis riscos.

Além disso, as condições de garantia e o prazo de validade também devem estar bem explícitos. Atente-se sempre a esses pontos relevantes para tentar escapar dos brinquedos inapropriados ou perigosos para seu filho.

Verifique as possibilidades de criar

Há vários brinquedos infantis que oferecem inúmeras possibilidades para estimular a criatividade dos pequenos. Por isso, o ideal é sempre analisar se existe a capacidade de mudança de cores, de montagem, de fazer novos formatos, de equilíbrio, de treino e de concentração.

Assim, as crianças vão conseguir desenvolver várias habilidades no momento das brincadeiras. Então, faça uma boa análise de todas as oportunidades que os objetos escolhidos podem oferecer.

Prefira os brinquedos educativos

Uma fase de grande aprendizado é, sem dúvida, a infância. Portanto, nada mais interessante do que unir o útil ao agradável e comprar brinquedos educativos, concorda? Desse modo, é possível que os pequenos brinquem e, consequentemente, desenvolvam as suas habilidades.

Além do mais, é possível estimular cada vez mais o ensino, uma vez que as crianças aprendem letras, números, histórias e muito mais. Tais brinquedos auxiliam na interação das crianças, compartilhando experiências que são capazes de contribuir para o desenvolvimento de cada um.

Além de contribuir para o conhecimento de forma lúdica e natural, a maioria dos brinquedos educativos não oferece risco para a segurança dos pequenos. Ou seja, são as opções mais recomendadas para seus filhos.

Tenha atenção ao recall

Afinal, o que é recall? Bom, trata-se de um procedimento de retirada de produtos perigosos do mercado, após a sua comercialização. Existem diversos recalls de brinquedos aqui no Brasil. Então, quando você ficar sabendo de algum, é preciso procurar a empresa para receber o reembolso do valor ou então fazer a troca do produto.

Lembre-se de que o recall só ocorre quando existe um risco, por isso é fundamental não deixar de fazer a troca. É importante deixar claro que o recall é gratuito, sem ter data para acabar. Então, mesmo que a campanha para troca tenha sido feita há muito tempo, o consumidor tem o direito de procurar a empresa para trocar o produto.

Brincar é sempre muito bom, e as crianças precisam disso no dia a dia. No entanto, os pais, responsáveis e também as pessoas que adoram presentear precisam tomar todo o cuidado possível na hora de escolher os brinquedos, já que uma escolha mal feita pode oferecer risco para os pequenos.

Então, como você viu, nem todos os brinquedos são indicados para todas as faixas etárias. Há aqueles que são feitos por marcas que não se preocupam com a saúde e o bem-estar dos clientes. Então, siga as nossas dicas para fugir dessas ciladas e garantir total segurança para as brincadeiras das crianças.

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