Protagonismo do aluno: o que você precisa saber sobre essa tendência na educação
Se você tem filhos em idade escolar, precisa entender quais são as principais tendências na educação. Dessa forma, poderá acompanhar o que eles passam no dia a dia e tomar decisões sobre onde está a melhor escola para estudarem.
Uma dessas tendências é o protagonismo do aluno. Isso significa que no processo de construção dos conhecimentos, ele será o personagem principal do seu aprendizado, o protagonista.
Nesse contexto, ele passa a ocupar uma posição mais ativa. Para que isso aconteça, é necessário que ocorram mudanças na maneira como o ensino é estruturado e desenvolvido.
Neste post, você vai descobrir mais sobre o protagonismo do aluno e entender quais são seus benefícios para o aprendizado. Continue a leitura e fique de olho!
Compreenda o que é o protagonismo do aluno
É importante esclarecer que fazer do aluno o protagonista de seu aprendizado não se resume a apenas permitir que ele faça escolhas em relação ao currículo escolar e às matérias que vai estudar.
O protagonismo é uma proposta bem mais ampla, que exige que os alunos se sintam engajados, realizem debates e tomem decisões em relação a vários assuntos que envolvem a escola, a comunidade e a sociedade.
Um excelente exemplo de protagonismo do aluno é o trabalho com a Simulação da ONU, executado por escolas do Grupo SEB. Os alunos aprendem sobre as culturas dos países, as representações, sua postura e comportamento dentro do projeto. Expandem seus conhecimentos e realizam um evento que Simula uma Conferência Internacional, apresentando suas propostas, seus argumentos de defesa, seus conhecimentos construídos e as habilidades desenvolvidas no decorrer do projeto, tendo como público, a comunidade escolar e até mesmo autoridades locais. Tudo bem orientado pelas equipes pedagógicas e mediado pelos professores.
Como o protagonismo é colocado em prática
Para que o protagonismo do aluno possa ser colocado em prática nas escolas, é preciso que haja um envolvimento e uma valorização da figura do professor. O educador não deve ser apenas aquele que aplica uma metodologia de ensino pronta — ele é quem vai guiar os alunos. Assim, a liberdade oferecida pelo incentivo ao protagonismo não vai ser desperdiçada.
Em outras palavras, o protagonismo não consiste em permitir que cada aluno siga suas vontades individuais, sem limites. Em vez disso, trata-se de oferecer a eles, coletivamente, a oportunidade de decidir para onde direcionar sua atenção e seus esforços de aprendizado, sob a orientação de um educador que entende o verdadeiro propósito dessa tendência.
Os 6 principais benefícios do protagonismo
O protagonismo do aluno não é fácil de ser implementado, pois exige uma mudança drástica de paradigma para as escolas, os educadores, os alunos e até mesmo para os pais. Porém, considerando seus benefícios, é um esforço que vale a pena.
1. Dinamismo na sala de aula
Quando os alunos assumem um papel mais ativo, a sala deixa de ser um local de silêncio em que cada um pode apenas ficar sentado, ouvir e copiar. Em vez disso, passa a ser um local para emitir opiniões, produzir ideias e interagir com o professor e os colegas. Esse dinamismo, é claro, aumenta o interesse e o envolvimento dos estudantes no espaço de ensino e a atividade colaborativa.
2. Melhoria da cooperação em sala de aula
Como já foi dito, o protagonismo do aluno tem tudo a ver com coletividade, debate e tomada de decisões em grupo. Portanto, quando essa tendência é adotada, o jovem desenvolve a habilidade de cooperar. Ele aprende a considerar as opiniões dos outros com o mesmo respeito que tem pela sua, além de conseguir aceitar positivamente quando a sua própria ideia não é escolhida pelos colegas.
3. Estímulo da criatividade
O exemplo da Simulação da ONU das escolas do Grupo SEB, revela na prática como o protagonismo do aluno estimula a criatividade. Os estudantes precisam encontrar maneiras de resolver problemas reais, de ajudar a comunidade, de gerar valor — e tudo isso enquanto ainda aprende conteúdos relevantes.
4. Desenvolvimento da capacidade autônoma do aluno
Quando o jovem não tem a oportunidade de tomar decisões, ele não desenvolve autonomia — que não consiste somente em fazer escolhas sozinho, mas em saber pesar as consequências de cada escolha, os prós e contras envolvidos.
Acima de tudo, autonomia tem a ver também com assumir essas consequências e adotar uma postura responsável sobre si mesmo e sobre os outros. Esse é o tipo de qualidade que os alunos desenvolvem quando são protagonistas.
5. Desenvolvimento de uma consciência voltada para a sociedade
Muitos estudantes atravessam toda a infância e adolescência em condição de alienação. Eles ouvem falar nos problemas e dificuldades mas, protegidos pela família e pela escola, é como se estivessem em um mundo à parte. Apenas uma minoria está preocupada em colaborar para o bem da sociedade.
Quando os alunos passam a ser protagonistas na escola, podem se aproximar da realidade e perceber que eles também têm um espaço e um papel nessa sociedade.
6. Mudança na maneira como o aprendizado é visto
Você já viu seus filhos ou qualquer estudante dizendo que “matemática é uma matéria chata” ou que “nunca vai usar português na vida”? Esse tipo de atitude negativa é comum e uma das razões por trás dela é que os alunos enxergam o aprendizado como algo que foi imposto a eles.
Em outras palavras, eles nunca fizeram uma escolha consciente em relação a aprender essas matérias ou em relação ao modo como aprenderiam. A partir do momento em que o protagonismo do aluno é incentivado e os jovens começam a participar das escolhas, eles assumem uma visão mais positiva em relação ao aprendizado proposto na escola. E, quanto mais positiva for a sua atitude, mais abertos eles estão ao conhecimento e maior será o sucesso do ensino.
Com tantas vantagens o protagonismo do aluno trata-se realmente de um caminho que tem potencial para revolucionar o papel da escola e o lugar dos jovens dentro dela e, ainda, em meio à sociedade.
Você acredita que o protagonismo do aluno deve ser incentivado? Então, ajude a levar essa ideia a outros pais e mães para que as escolas recebam apoio das famílias na implementação das mudanças necessárias.
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