Como ajudar seu filho a desenvolver competências socioemocionais?
Na sua primeira idade, a criança ainda está dando passos para descobrir valores que permearão suas escolhas ao longo da vida. No entanto, nesses primeiros passos, ela precisa de exemplos e de aprendizados que sejam edificantes, para encaminhá-la no desenvolvimento das tão faladas competências socioemocionais.
E o que são essas competências? Como é possível desenvolvê-las? Ao longo deste texto, nós vamos revelar alguns caminhos para auxiliar as nossas crianças nesse início de caminhada. Continue a leitura!
Algumas competências socioemocionais
Há uma série de competências socioemocionais que podem ser estimuladas. A seguir, explicamos algumas delas.
Empatia
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, a palavra “empatia” pode ser definida como “a habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa e a compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações do outro”.
Obviamente, não é possível entrar na cabeça, nem no corpo alheio. Todavia, o desenvolvimento de uma escuta atenta pode fazer com que essa competência esteja presente e que tenhamos a capacidade de nos identificar com as questões que acometem o outro.
E é importante saber que não há seletividade na figura desse outro, contido na definição do dicionário. Pode ser nosso pai, nossa mãe, nosso vizinho, um conhecido ou, até mesmo, algum estranho. E jamais subestime a capacidade de uma criança de observar a ação dos pais ou de referências adultas nessa direção.
Autoestima
A autoestima é a imagem e a opinião que se tem a respeito de si mesmo. Ela é construída a partir das nossas experiências de mundo, das emoções, das crenças, dos comportamentos, da nossa própria visão e da observação de outras pessoas sobre nós mesmos. No transcorrer do desenvolvimento escolar, a criança passa por situações em que essa autoestima é testada.
Como se trata de um processo interno, a autoestima pode ser estruturada a partir do conhecimento de quem somos e de quais são os nossos limites em nossas jornadas.
Uma criança que cresce tendo os seus pontos positivos sendo ressaltados e tomando ciência acerca de seus valores pessoais tem mais chance de crescer com boa autoestima. Tal competência é apreendida por meio do afeto e das relações, sendo os pais e os cuidadores a linha de frente nesse trato com a criança.
Ética
A ética é o conjunto de regras, valores e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Ela é um conceito contido no aprendizado da vida, no qual os pais e as referências adultas devem dar o melhor exemplo possível na prática (não adianta somente ficar no discurso), para servir de base para as ações futuras da criança.
É de extrema importância que os pais repassem esses valores positivos desde muito cedo. É a ética que nos dá consciência de que não podemos fazer tudo o que queremos e que os direitos alheios devem ser tão valiosos quanto os nossos. É o maior legado que se pode deixar aos pequenos.
Responsabilidade
O sentido da responsabilidade é algo que deve ser ensinado a longo prazo, pois tarefas simples, como: arrumar o quarto, fazer a cama, recolher brinquedos, respeitar horários de lazer e arrumar suas roupas dão uma noção prévia de outros tratados maiores. Pouco a pouco, outras necessidades vão sendo agregadas, como o respeito aos compromissos sociais e escolares.
É importante, também, que a pessoa assuma os próprios erros e que cumpra os compromissos assumidos consigo mesma. Para isso, elementos como paciência, disposição, empatia e sensibilidade devem ser considerados pela estrutura familiar que cerca a criança.
Autonomia
A autonomia significa dar à criança a ideia de que ela consegue lidar bem com as questões relativas ao seu universo. Quanto mais se transmite segurança a ela, mais ela é capaz de corresponder a essa crença e ir além das expectativas, tomando decisões e lidando com suas consequências. Confiança e amor são aceleradores naturais desse processo.
“O que os outros vão pensar?” ou “Por que você não age como todo mundo?” são exemplos de frases que os pais dizem aos filhos sem perceber e acabam por tirar-lhes a capacidade de desenvolver sua autonomia.
Como desenvolver essas competências?
Estimular a prática de certas atividades no dia a dia contribui para que muitas dessas competências socioemocionais sejam desenvolvidas. Veja como, nos próximos tópicos.
Músicas
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, o contato cotidiano com as artes é essencial para desenvolver a sensibilidade e uma percepção cultural das relações interpessoais. Atividades de musicalização infantil podem ser importantes aliadas na hora de ensinar as crianças a identificarem sentimentos.
Estudar música ajuda a desenvolver habilidades motoras, estimula a imaginação, aumenta a concentração e desenvolve o senso estético, na medida em que envolve os sentidos e as emoções, o que não se expressa com palavras.
Brincadeiras
O brincar é uma forma de comunicação que deve ser estimulada a partir da educação infantil. É assim que a criança adquire habilidades criativas, sociais, intelectuais e físicas. De acordo com Piaget, a realização de atividades lúdicas é fundamental para o aprendizado e o desenvolvimento intelectual das crianças.
Se seus filhos brincam e desenvolvem atividades interessantes, podem se desenvolver como pessoas mais realizadas, alegres e comunicativas. Assim, eles se tornarão adultos mais sociáveis, responsáveis, colaborativos e confiantes.
Experiências
A vivência de novas situações estimula crianças e adolescentes a buscarem mais informações e a tentarem encontrar sentido nas experiências. Por serem curiosos e imaginativos, fica mais fácil desenvolver neles competências socioemocionais, como a curiosidade e a criatividade.
Diálogo
A comunicação é um dos pilares que sustentam o nosso bem-estar. O diálogo é uma parte importante para o desenvolvimento das competências socioemocionais nas crianças.
Uma maneira de garantir uma contribuição saudável no desenvolvimento de uma criança é estar atento ao que ela diz e dar-lhe a oportunidade de se expressar livremente. Investir em um diálogo aberto e seguro sobre os sentimentos e questionamentos de seus filhos em relação ao mundo e às relações estabelecidas por eles constituem um caminho para que desenvolvam uma boa comunicação.
Escolha de uma nova instituição de ensino
A escolha de uma nova instituição de ensino para a criança deve sempre passar por uma investigação do projeto pedagógico, da qualidade dos professores, de como funciona a parceria família-escola, do espaço físico e das instalações, bem como dos recursos e equipamentos disponibilizados pela instituição.
Outro ponto relevante é observar se a escola incentiva a criatividade, o pensamento antes das ações, a empatia, o gerenciamento de emoções e o desenvolvimento do autocontrole, assim como outras competências importantes, para que seu filho consiga ter sucesso de forma plena em sua vida.
O trabalho com as competências socioemocionais desde cedo faz com que a criança se torne um adulto mais seguro e com uma visão de mundo mais ampla. Por mais que pareça um exercício muito minucioso e exagerado, isso pode fazer toda a diferença para o futuro de seu filho e para o mundo de que ele vai fazer parte.
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