Afinal, o que é brincar na contemporaneidade?

Afinal, o que é brincar na contemporaneidade?
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Qual atividade extracurricular é a cara do seu filho?

Amarelinha, queimada, bola, boneca, polícia e ladrão, esconde-esconde, pega-pega, ciranda, jogo do bafo: quem foi criança até meados da década de 90 conhece bem essas brincadeiras, que preenchiam tardes e finais de semanas inteiros na rua. E, assim, os vizinhos instantaneamente se transformavam em melhores amigos, lembra?

As crianças de hoje, em plena era da informação, desconhecem muitas dessas formas de brincar — a não ser, é claro, que tenham algum tipo de versão virtual, como games ou aplicativos. Vira e mexe se pega preocupado com o que as novas brincadeiras podem fazer por seus filhos? Já parou para se perguntar, afinal de contas, o que é brincar? No post de hoje você vai conhecer mais sobre o conceito de brincadeira, seus benefícios e a importância das brincadeiras na escola. Confira!

O conceito de brincadeira 

A brincadeira é uma atividade, individual ou coletiva, que se diferencia de outras por seu caráter lúdico e por apresentar alguma forma específica de estrutura ou de regras. É, em termos gerais, uma prática estruturada de entretenimento ou distração. Há, por exemplo, brincadeiras com normas mais estabelecidas, como a queimada ou o esconde-esconde, assim como outras que têm como regra a própria invenção, como a bola e a boneca. As regras propostas em muitas brincadeiras são flexíveis e podem ser modificadas, sendo sempre interessante que a criança interfira e invente sua própria forma de brincar.

O brincar nos dias de hoje

Não há como negar: os jogos de videogame, computadores e aplicativos de smartphones estão cada vez mais populares entre as crianças. Já as antigas brincadeiras de rua, caso não sejam incentivadas por pais e educadores, podem facilmente cair no esquecimento. Mas como não se pode viver só de nostalgia, há espaço para reinvenção. Assim, muitas formas de brincar estão sendo adaptadas. Brincadeiras como pular corda e elásticos, por exemplo, hoje deram lugar ao slackline, que nada mais é que andar sobre uma corda estendida entre duas árvores, em uma altura baixinha.

Engana-se quem pensa que brincar nos dias de hoje se resume ao ambiente virtual. Além do mais, até o virtual também tem um lado lúdico e pedagógico, viu? De toda forma, para atrair as crianças para a brincadeira ao ar livre, pais e educadores têm apostado cada vez mais em esportes e equipamentos que estimulam a sociabilização e fazem bem à saúde. Aí entram as bicicletas, os patins e os skates. Seus filhos certamente não vão querer trocar essa aventura pelo sofá de casa!

Alguns pais defendem que os jogos virtuais, principalmente os violentos, devem ser abolidos do cotidiano das crianças. Outros consideram ser melhor permitir que os filhos acessem livremente todo o conteúdo que desejarem. Então qual será a medida certa? A verdade é que os jogos educativos e de estratégia (hoje presentes nos consoles de X-Box e PlayStation, por exemplo) de fato estimulam o raciocínio e desafiam as crianças a serem mais criativas. Há até mesmo jogos interativos, como a franquia Just Dance, em que o jogador dança sobre um tapete ao ritmo da música, fazendo com que a garotada se movimente e conheça diferentes estilos musicais.

Não se deve ignorar que o avanço da tecnologia, em suas mais variadas formas, é irreversível. E tentar manter as crianças longe não só é batalha perdida como as priva dos diversos benefícios proporcionados pelas inovações. No entanto, saber dosar o tempo de uso dos eletrônicos e de exposição à TV é um dos maiores desafios dos pais contemporâneos. Nesse caso, o mais importante é encontrar um equilíbrio entre uma modalidade e outra de brincadeira.

Os benefícios para a saúde

Desde a mais tenra idade, a prática de esportes ensina sobre disciplina, cooperação, autoconfiança e sociabilidade, sempre de maneira lúdica e divertida. Além dos esportes tradicionalmente procurados pelos pais (como vôlei e futebol) para atrair o interesse da criançada, vale investir também em modalidades menos usuais.

O Mixed Marcial Arts (MMA), por exemplo, que está tão em voga, incentivou a proliferação das escolas de judô e vem se tornando uma nova alternativa para pais e filhos. As artes marciais são benéficas para todas as crianças e especialmente indicadas para as muito ativas ou indisciplinadas. Além disso, sua prática proporciona uma competição saudável, ensinando o aluno a aceitar diferentes resultados e lidar melhor com frustrações.

Vale lembrar, ainda, que todo esporte é um grande aliado no combate ao estresse. Executando essas atividades, os filhos gastam energia nas quadras e se desconectam (pelo menos temporariamente) de pressões e deveres cada vez maiores e proporcionais às expectativas dos pais. Isso sem contar que também estimula a queima de calorias e o equilíbrio do peso corporal, uma preocupação crescente nos dias de hoje. Pelo amplo acesso a alimentos calóricos, que contêm altas taxas de gordura e açúcar, e à atual tendência a atividades sedentárias, o exercício físico é essencial para evitar a obesidade infantil e o surgimento precoce de doenças como diabetes e pressão alta.

A promoção da socialização

Ao brincarem juntas, as crianças aprendem a conviver e dividir, o que é fundamental especialmente quando não têm a oportunidade de exercitar essas habilidades no âmbito familiar e entre vizinhos. Com famílias cada vez menores, a possibilidade de brincar com irmãos e primos é rara. E com o receio de muitos pais em relação à crescente violência nas grandes cidades, sair para a rua nem sempre é permitido. Qual o resultado? Jovens cada vez mais tímidos, egoístas e inseguros, que eventualmente podem se tornar adultos imaturos, medrosos e dependentes. Viu como brincar junto é coisa séria?

O grande diferencial da escola

Obviamente, a qualidade do conteúdo transmitido às crianças na escola tem grande peso na escolha do colégio, afinal, que mãe ou pai não quer o melhor para os filhos? Além de conferir credibilidade à instituição, um ensino de qualidade garante vantagem ao indivíduo, que um dia terá que garantir seu lugar no mercado de trabalho. E aí está uma preocupação constante para todos os pais.

Entretanto, essa não pode ser a única variável avaliada, especialmente quando o assunto é educação infantil. O espaço que a instituição reserva ao momento de lazer das crianças, o estímulo à interação entre elas e o incentivo para que pratiquem atividades físicas também precisam ser vistos como diferenciais. E se, em função dos tantos afazeres do dia a dia, você não dispõe de um tempo qualificado para simplesmente brincar com os filhos, é especialmente importante privilegiar uma escola em que a brincadeira é valorizada. Não se esqueça que ela faz parte do crescimento intelectual e emocional da criança e certamente fará falta no futuro, caso seja negligenciada no presente.

E então, ainda ficou com alguma dúvida sobre o que é brincar na contemporaneidade? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões conosco!

 

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