A partir de quantos anos meu filho pode fazer aula de inglês?
No mundo atual, aprender inglês deixou de ser uma opção, passando a ser uma habilidade praticamente obrigatória a pessoas das mais variadas idades. Já reparou como, seja no mundo dos negócios, na educação ou no entretenimento, a língua inglesa está por toda parte? E se você tem filhos, dar a eles a oportunidade de aprender esse idioma o mais cedo possível é um excelente presente para seu futuro. Porém, surge aí a dúvida: a partir de quantos anos seu filho pode fazer aula de inglês? Pois para esclarecer esse e tantos outros questionamentos importantes relacionados ao ensino e ao aprendizado da língua inglesa, não deixe de acompanhar nosso post de hoje:
Há idade ideal para começar a aprender um novo idioma?
A verdade é que não existe um consenso entre os especialistas da área no que se refere à idade exata mais adequada para a criança começar a aprender o inglês ou qualquer outro novo idioma. Mas uma coisa é certa: o período compreendido entre o nascimento da criança e seu ingresso na puberdade marca sua fase mais fértil quando se trata de aprendizado em geral. Entretanto, é importante que se saiba que até aproximadamente os quatro anos de idade, o hipocampo da criança ainda não atingiu seu completo desenvolvimento. Ou seja, até esse período, por mais que seu filho consiga decorar algumas informações (como as letras do alfabeto, os números e os nomes de alguns animais e objetos em inglês), essas informações não ficarão retidas, caso o contato com o novo idioma não seja constante.
Isso mostra que, embora seja na infância e na puberdade que a criança aprenda com mais rapidez e eficiência, enchê-la de informações sobre uma segunda língua pode não surtir os resultados esperados, principalmente se não houver envolvimento emocional com o idioma ou se a criança não for exposta à nova língua com frequência. Assim, é interessante que seu filho aprenda inglês ainda pequeno, mas não há por que se desesperar para que ele faça aulas antes mesmo de sair das fraldas. É com o amadurecimento cognitivo que a criança será capaz de transformar aquilo que viu em aprendizado de longo prazo, aproveitando melhor o contato com a língua.
Na infância, a língua materna e o idioma estrangeiro coexistem no cérebro da criança como se fossem um só. Isso dinamiza o processo de aprendizado e faz com que a fluência seja construída muito mais depressa do que no caso de adultos, que já têm todas as funções cerebrais muito bem definidas e acabam demorando mais tempo para assimilar qualquer nova língua.
Cada etapa da vida da criança representa uma diferente fase na construção de conhecimentos e habilidades relacionados à aquisição de uma nova linguagem, apresentando peculiaridades diversas. É evidente que, em cada fase do desenvolvimento, a criança terá aptidões diferentes para aprender determinados aspectos de uma nova língua. Até o quarto ano de vida, por exemplo, a facilidade em compreender novos fonemas é grande, aumentando as chances de que, no futuro, o idioma adquirido não sofra influência do sotaque da língua materna. Por outro lado, para que o aprendizado ocorra de maneira saudável, nessa etapa é preciso evitar ao máximo cobranças e excessos, para que a criança não desenvolva traumas que possam bloquear a aquisição desse tipo de conhecimento.
Embora seja recomendado que o aprendizado de uma segunda língua aconteça bem cedo, deve-se tomar cuidado para que ele ocorra quando a criança já estiver cognitiva e emocionalmente preparada, e do modo mais natural possível. A criança precisa ver sentido no que está sendo aprendido, além de sentir prazer no contato com o idioma estrangeiro. E para que isso seja viável, o ensino deve acontecer de forma lúdica, por meio de jogos, brincadeiras e outras atividades prazerosas.
Por que aprender inglês é sempre uma ótima opção?
Como o inglês é uma das línguas mais faladas no mundo, tem enorme relevância em vários aspectos da vida da maioria das pessoas. A língua inglesa está na internet, na televisão, nas vitrines das lojas, no cinema e na música. Por isso, quem não for capaz de dominá-la adequadamente, correrá cada vez mais o risco de ficar à margem da sociedade e ser excluído dos produtos de cultura, educação, consumo, lazer e conhecimento.
Incentivar seu filho a aprender inglês desde cedo aumentará significativamente suas possibilidades de, no futuro, obter melhores colocações profissionais e ampliar seu leque de oportunidades acadêmicas e de vida. Além disso, ao dominar o idioma, seu filho terá a chance de acessar conhecimentos produzidos não apenas em português, mas também em língua inglesa. Viajar pelo mundo, fazer um intercâmbio, interagir com pessoas de diferentes culturas também serão opções, ampliando assim sua percepção universal. E isso colaborará positivamente para seu desenvolvimento pessoal, cognitivo e emocional.
Como facilitar o aprendizado do inglês pela criança?
Para que o aprendizado de inglês (ou de qualquer outra língua estrangeira) ocorra satisfatoriamente, é preciso que a criança sinta prazer no ato de aprender. Alguns pais, com medo de que os filhos tenham dificuldade em aprender um novo idioma quando mais velhos, acabam obrigando-os a fazerem aulas de inglês, mesmo que isso seja absolutamente contra sua vontade. E aí surgem a ansiedade e a tensão. Essa atitude, em vez de gerar resultados positivos, pode acabar fazendo com que as crianças comecem a encarar o aprendizado de novas línguas como uma situação chata e assustadora, criando assim sérios bloqueios que dificultarão a aquisição não apenas do inglês, mas de qualquer outro idioma ao longo de suas vidas.
Na prática, as crianças têm dificuldade em enxergar os impactos de suas ações (ou da falta delas) a longo prazo. Por isso, de nada adiantará os pais tentarem convencer seus filhos de que aprender inglês é bom para o futuro. Os pequenos precisam ver sentido naquilo que estiver sendo ensinado, desenvolvendo uma intrínseca e real motivação para aprender. Adicionalmente, os objetos de aprendizado precisam manter relação com seu dia a dia.
Por essas e outras, o processo de ensino e aprendizagem de inglês tem muito mais valor quando a criança se mostra receptiva à construção das novas habilidades. Nesse cenário, as aulas se tornam muito mais proveitosas se baseadas em atividades contextualizadas, de preferência ocorrendo por meio de brincadeiras, jogos e dinâmicas, em vez da falha insistência em aplicar tarefas enfadonhas e excessivamente formais. Aulas mais divertidas, ágeis e que favoreçam a interação são mais recomendadas, por fazerem com que o aluno sequer perceba que está aprendendo.
Alunos que têm contato com a língua inglesa não apenas durante as aulas, mas também em casa, às vezes até ouvindo seus familiares se comunicarem nesse idioma e tendo frequente contato com o inglês oral e escrito, automaticamente constroem maiores chances de conquistar um aprendizado consistente e duradouro. E ainda que os pais não tenham amplos conhecimentos em língua inglesa, é importante que, na medida do possível, procurem estimular seus filhos a se manter em contato com a nova língua.
As crianças devem ser convidadas a mostrar aos pais seu progresso na construção do idioma estrangeiro, mas nada com pressa e, acima de tudo, sem cobrança. Afinal de contas, embora a infância seja o período mais produtivo para se trabalhar a aquisição de novas línguas, é também a época em que a criança deve ser livre para brincar, divertir-se, desenvolver-se e ser feliz, sem tensões.
E então, ficou ainda com alguma dúvida sobre o assunto? Pensa em matricular seus filhos nas aulas de inglês? Comente aqui e divida conosco seus planos e questionamentos!